quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alice

Alice.
A vida tem que seguir, menina.
Com coragem e bobagem.
Com sorte e azar.


A gente que faz a coisa toda acontecer. Só não descobri ainda.
Ai, eu sei que teu nome não é Alice. Mas que diferença faz, Alice?

Tá na hora, menina. Hora de tu te apaixonar. Decepção? Tu ainda nem sabe direito o que é isso.
São só 19, guria. Tem muita alegria pela frente.
Sim e decepção e tristeza também. Ninguém disse que o mundo é um mar de rosas. A vida é boa, e pra ser boa, tem seus momentos ruins.

É o que é melhor. É o que faz a gente seguir em frente, mesmo quando parece não ter nenhuma perspectiva. A gente sempre vê alguém feliz, se dando bem, Alice.


E acha que pode acontecer o mesmo. É isso que nos faz seguir. Digam o que quiserem. É isso.


Te contei de mim, menina. Mais que eu achava que podia contar.

Sim, parece que já aprendi. Mas não. Vivo errando de novo. E agora, então? Eis-me aqui, no fundo. Ou quase no fundo. Só queria saber como faz pra sair daqui. Mas parece que quanto mais me mexo, mais afundo.

Uma hora a gente aprende. Por mais frustrados (já disse que odeio essa palavra, né?) que a estejamos, ou por mais que parece que nada que eu(tu, ele, nós, vós, eles) faço errado, algum momento a gente aprende.

Sabe, guria, eu não aprendi ainda. Mas falando contigo é quase um modo de me convencer também.


E maomeno, a gente segue. Não tem muito o que fazer. É só seguir. Nem que a gente só ouça o primeiro acorde da canção. Ou só uma palavra da estrofe. A gente tem que cantar o resto. Tem que escrever. Por linhas tortas ou retas, tanto faz.