terça-feira, 31 de maio de 2011

Amanhece

Sozinho. Rolando na cama.

Agora, amanhece lá fora.
Vejo o sol nascendo no horizonte.


Ao longe.
Na linha distante do mar.

onde o mar
e o céu
se unem.


Sinto o vento sul, frio, batendo nas minhas costas.
E fico aqui, de frente pra sol nascente
o sol quase me cega.

Coloco óculos escuros.
E sinto uma dor no peito.
Sinto também a tua falta.


Tu que nunca tive.
Nunca vi.
Nunca toquei.
Tu.

Volto pra cama. Bagunçada.
Vazia. Deito e durmo.
Quase o dia todo de novo.

E quando acordo de novo, a única coisa que consigo ter forças pra pensar
em fazer

é

ir ver o sol nascer de novo.
O tempo passa.