Ainda aqui, menina.
Ainda aqui.
Sentado.
Esperando.
Sem saber o que fazer
e
ainda assim
fazendo.
Não há muito o que fazer.
Até que haja.
Vivendo.
Morrendo a cada dia.
A cada segundo.
Como se sentisse a areia da ampulheta do tempo escorrer.
Sentindo a dureza de cada giro da Terra.
Sem saber se choro ou se sorrio a cada pôr-do-sol.
Cada vez
mais perto
do
fim.
E sem fazer nenhum sentido.
Sem encontrar.
Sentido
ou
motivo.