domingo, 3 de julho de 2011

Motivo

Ainda aqui, menina.
Ainda aqui.
Sentado.
Esperando.
Sem saber o que fazer
e
ainda assim
fazendo.

Não há muito o que fazer.
Até que haja.

Vivendo.
Morrendo a cada dia.

A cada segundo.
Como se sentisse a areia da ampulheta do tempo escorrer.

Sentindo a dureza de cada giro da Terra.
Sem saber se choro ou se sorrio a cada pôr-do-sol.

Cada vez
mais perto
do

fim.


E sem fazer nenhum sentido.
Sem encontrar.
Sentido
ou

motivo.