quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Depois

Vejo aqui, iluminado pela luz da tela
teu sorriso distante.

O brilho no olho.
O vento nos cabelos.
O sorriso.
Quanto tempo terá passado
desde então?

Os dias parecem séculos.
Enquanto eu ando em círculos.


Todo amor que houver nessa vida
muros e grades
dentro de mim


não há nada de concreto.


Vejo aqui.
Iluminado
teu sorriso.


Enquanto sinto algumas lágrimas
quentes
descerem pelo
rosto

e uso as costas da mão
pra secar
e sinto

a barba
arranhar.

A barba
que tanto gostas.

Entre as sobras de mim.
Entre o pouco
que restou
de mim.

Depois
de tudo.


Depois de sentir no aperto do peito
tanta distancia.