quinta-feira, 25 de agosto de 2011

500

days of summer.


Não assisti o filme. Não sei se ainda tenho estrutura psicológica pra assistir romances. Eu desabo. Ando inquieto, desatento. Ando meio desligado. Eu... e todos sabemos o resto da canção. Fecho os olhos e vejo alguns rostos conhecidos. Rostos que um dia eu acarinhei. Outros que ainda não cheguei perto. Quero me libertar. 'Explodir as grades e voar'. Dias de verão. Não. Dias de noite. A dança dos dias. Os segundos passam lentamente, enquanto não consigo dormir, only you. [the platters - only you - é uma linda canção] Muitas canções embalando minha solidão. Dane-se. Quem se importa? Eu caminho por aí. Penso, penso e acabo chegando a conclusão alguma. Sentir, pensar. Tudo tão confuso. Essa mistura estranha. Uma pequena concha deixada na praia. Praia. Bons tempos. Minha menina, como estás? Ando em casa, procurando um blues. Ou um jazz. Entre manhãs frias, tardes quentes e noites infernais, sigo. O que eu posso fazer? Na marcha cega, talvez eu encontre uma razão. Marzo, mayo, tudo faz tanto tempo. Saudade. De algo que não vivi. Do início do outono, na praia, solito. Eu e vento. Eu e as gaivotas. Cabeça de vento, deixo o vento pensar por mim, por enquanto. Os dias parecem séculos. E eu, eu envelheci. Dez anos ou mais. Neste último mês.