quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Noites

Um caleidoscópio de lembranças. Tudo se mistura. Um relógio sem fuso. E eu, confuso. Com fuso. Horário de Brasília, a hora do Brasil. “ Brasília, dezenove horas” É preciso fugir. Um passageiro perdido, de um voo que já saiu. Tô tentando, vir à tona. Respirar um pouco. O frio do fim do inverno, um pouco de calor. E se a gente nunca tivesse? Nunca tivesse conversado? Nunca tivesse que começar, ou terminar? E se? Tantas possibilidades. Há mais de mil destinos em cada esquina, mais de mil sentimentos em cada olhar. Há um cais no porto. Seguro ou não, é um porto. Alegre. Ou não. A vida pode ser longa. A noite também.