quinta-feira, 27 de outubro de 2011

V

Nada tem me abrigado nos últimos tempos. Não há nada de concreto. Passageiro clandestino de um vôo que não saiu. Passageiro do destino mais estranho do história. Coisas que só acontecem comigo. Tropeçar em si mesmo, cair na real. Um pássaro voando, um pássaro sem bando. Tô aqui, fazendo valer as leis de Newton, conferindo se a gravidade tá ok. Tropeço mesmo caminhando com os olhos postos na calçada. Cabeça baixa, ombros pra frente. Já perdi minha pressa. Eu só preciso achar o caminho de volta.