quarta-feira, 26 de outubro de 2011

IV

Noites de um inverno sem fim. Noites frias, solitárias, cheirando a vinho e a cigarros. Nunca sei onde vai a crase. A Palestina ainda luta, a China labuta. Os últimos anos foram os piores. Se essa é a vida adulta, tô querendo voltar pra infância. Tô tentando, tô vivendo e seguindo. Um cão sem dono, uma árvore no outono. Se ao menos tu pudesse ver como Porto Alegre é linda na primavera. Se ao menos eu pudesse segurar tua mão num fim de tarde qualquer. Qualquer fim de tarde servia. Se ao menos fosse tua mão.