quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sem telefone I

Sem telefone, ainda. pouca internet ainda. ainda bem, não? me sinto mais livre, ainda nem comprei o relógio e pretendo seguir assim, sem tempo, tempo ao tempo, relento. sigo aqui deixando que a vida tenha seu tempo, coisas que há algum tempo eu não fazia. deixa a vida seguir, o tempo que ela quiser, eu mesmo não consigo ser alegre o tempo inteiro. e vou em frente, do jeito que der, embalado por velhas canções do rock gaúcho, e com meu cavalo galopando campo afora, ainda espero (acho que usei muitos "ainda" nesse texto) espero pelos dias como hoje, dias assim, dias iguais, até que um dia um dia eu sei que vai ser diferente. enquanto isso não acontece, eu vou no ritmo da vida, com gente com e sem ritmo por aí. um pouco o tempo todo cada dia a dia. um dia de cada vez. o dia, a semana, o mês. a estação, um doce na esquina e um cinema vazio. um copo com os amigos e um dia de chuva pra caminhar por aí. E sinceramente? Gostei de ficar sem telefone, sem internet e sem hora. A vida ficou mais leve, eu acho. Dias cinzas, dias iguais. eu gosto. sou mais eu assim.