A gente passa a vida tentando pôr a vida em ordem. E acaba passando a vida vendo a vida passar. Tenho 24 anos e não sei o que quero da vida. Sinto uma certa urgência nisso. É como se todas as minhas decisões de agora fossem absolutamente definitivas. E isso parece assustador.
Decidir o que fazer ou não é assumir riscos. E acho que tá na minha hora de correr riscos. Sou eu quem decido minha vida. Minha trajetória passa pelas minhas escolhas. E talvez por um pouco de acaso. Isso me assusta. Queria não precisar sair de debaixo do cobertor.
Todo dia, pra tentar ver fazer sentido nas minhas escolhas. O maior medo é colocar em prática, sair do meu estado de conformismo e aceitar que corro o risco de que tudo dê errado de novo.
Mudar é assim meio que dar um passo em frente num quarto escuro, sem saber se vou dar com a cara na parede ou se vou achar o interruptor de luz. O ris(c)o é todo meu.
Estranha-boa-sensação.