sábado, 22 de janeiro de 2011

Dor

Sozinho aqui. Escuto algumas musicas ditas preferidas, enquanto a luz azul da tela da televisão me lembra da minha dor. Dor física, imensurável pra quem não sente. Estou em farrapos. Me sinto destruído por dentro. É um peso que não consigo suportar. Sem sono, sem mistura. Não é nada. É pouco. Mas não basta. Ainda não.  Preciso ir mais fundo no poço de mim mesmo. Ver onde consigo chegar, mergulhar, afundar. Só não sei onde vou achar vontade pra continuar. Sempre em frente foi o conselho que ela me deu. E eu pago meu pecados. E vou continuar assim. Só não sei por quanto tempo mais.  Preciso encontrar uma motivação. Não consigo encontrá-la dentro de mim.

      Acordo, alguns dia depois. Ainda tonto com tudo, com o modo como tudo acontece. Tudo começa e termina de forma tão brusca na minha vida. Mas apesar dos pesares, foi bom. Foi bom enquanto ele durou, apesar de eu ter amado por nós dois.  No fim eu amei por nós dois. E não me arrependo disso. Há muitas poucas coisas das quais posso me arrepender. E dentro dos últimos 3 meses, há menos coisas ainda. Se pudesse, eu... eu ficaria ao teu lado. Mas já não posso.


      Levanto. Espinha ereta. Ombros retos, e cabeça baixa. Passos vacilantes e dolorosos. Fracos. Aos poucos vou voltando. Pra mim. Pra minha casa e minha vida que ficou esquecida, enquanto eu me dedicava a cada nuance de ti. Teus olhos, tuas marcas, tatuagens. Teus cabelos. Teus suspiros, gemidos, arranhões. Tuas pernas, tua pele. Teu jeito. Teu cheiro. Teu gosto.
     
      Teu,teu,teu.  Fui todo teu. Já não o sei se valeu a pena. Mas fui. E isso que importa. Afinal de contas.
      É hora de recomeçar.


      “ O que você me pede eu não posso fazer. Assim você me perde, eu perco você. O que você não pode eu não vou lhe pedir .O que você não quer eu não quero insistir.”