segunda-feira, 9 de maio de 2011

Horizonte

Um constante e forte vento lá fora. O mar está agitado e eu estava só na beira do mar. Olhando o horizonte distante, horizonte alto, pelo mar agitado, a linha borrada do horizonte.


A linha borrada do meu horizonte. Cada vez tenho mais certeza do que quero e menos certeza uqe vou conseguir. Tem sido assim, por um tempo.


Constante aqui, só o vento, as ondas e a solidão. O velho saiu de novo, e mesmo quando estamos próximos é raro conversarmos durante mais de 20 minutos. Geralmente ele fala mais.


A sensação de que sempre falta algo em mim, falta alguma coisa no momento que estou vivendo. Sempre fui assim. Falta algo. Sei que fui completo em alguns momentos, quando estive com a minha morena. A primeira morena. A que libertou o solitário eu porta em mim. A que libertou meui boêmio interior.


Na minha primeira viagem de avião, pra Baires, eu descobri a veracidade de um ditado árabe: “ Acima das nuvens há um céu azul”. O céu fechado de Porto Alegre não dizia se o vôo sairia, mas assim que decolamos e o avião alcançou seu altitude máxima, havia um lindo céu azul e brilhava o mais forte sol que já vi. E descobri, assim a verdade desse ditado.



Continuo aqui, escrevendo, ouvindo o barulho forte do mar e o assovio constante do vento. Sei que um dia, alguém irá fazer de novo meu coração bater mais forte, alguém irá fazer com que eu me sinta enrubescer, fará meus joelhos ficarem fracos num beijo e me fará ter um sorriso ao pensar nela. Sei. Só espero que não doa tanto ao terminar.