segunda-feira, 9 de maio de 2011

Papel de pão

Eu te transformei num poema, num pedaço de papel de pão, engordurado, uma ideia que tive enquanto passeava e tomava um café no Mercado.

Pra quê? Porque?


Te digo, morena. Monera.


Pra poder amassar e deixar pra trás, sem doer em mim. Sem remorso, choro ou ciúmes bobos.


Assim, amassar um papel de pão, jogar na lixeira e deixar pra trás, deixar que alguém cate, que alguém pegue e resolva.


Deixar pra trás sem doer, sem chorar. Pra isso te transformei num poema escrito num papel de pão.