Eu te transformei num poema, num pedaço de papel de pão, engordurado, uma ideia que tive enquanto passeava e tomava um café no Mercado.
Pra quê? Porque?
Te digo, morena. Monera.
Pra poder amassar e deixar pra trás, sem doer em mim. Sem remorso, choro ou ciúmes bobos.
Assim, amassar um papel de pão, jogar na lixeira e deixar pra trás, deixar que alguém cate, que alguém pegue e resolva.
Deixar pra trás sem doer, sem chorar. Pra isso te transformei num poema escrito num papel de pão.