sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noite fria

Estou sentado aqui, no escuro, sozinho.



Como sempre. Não há nada na casa. Nenhum som. Espero o tempo passar, pra ver os meteoros.


Esse modo de seguir minha vida de perto, meus amigos, minhas músicas, minhas palavras. Tao difícil me deixar em paz? Tão difícil me deixar seguir meu caminho torto, minha vida sem luz?

Me deixe. Eu não pertenço a você. Eu nunca pertenci. Eu sou do mundo. Das letras, dos meus poemas sem rima, dos meus porres.



De quase todas que passaram por minha vida, guardo boas lembranças. Não consigo isso contigo. Me deixe tentar, ao menos ter boas lembranças. Não estrague o pouco de bom que restou em mim quando penso em ti.


Me dê paz. Me deixe em paz, mulher. Siga em frente. Esqueça meus amigos, não os roube de mim, ou os roube se quiser, eu confio neles.


Não roube minhas palavras, minhas músicas, não faça isso comigo. Não me faça ter raiva de alguém que amei.


Me largue.